CORDEL-ENGRAÇADO


O LINGUAJAR CEARENSE
É POR DEMAIS ARRETADO

1.
Agora que me debruço
Sobre um texto elaborado
Por nosso Zé do Jati
Sujeito já afamado
Quero que reflita e pense:
“O linguajar cearense
É por demais arretado”.

2.
Isso de muito é sabido
Conforme dita os anais
O cearense se mostra
Um criador contumaz
E no linguajar também
Com certeza vai além
Da esperteza dos demais.

3.
O seu jeito de moleque
Ou de criança levada
Promove que o dia-a-dia
Não seja longa maçada
E por isso de repente
De modo surpreendente
Logo faz uma piada.

4.
Exportando humoristas
Cada qual o mais fecundo
O Ceará tem mostrado
Ser primeiro sem segundo
Cearense é como mato
Você encontra de fato
Em toda parte do mundo.

5.
Eu fiz essa explanação
Para ser mais convincente
Pois o cearense cria
Indiscriminadamente
Num jato vêm expressões
Piadas aos borbotões
Divertindo toda gente.

6.
Então vamos conferir
O que tenho comentado
Pro sujeito que tem sorte
Ele é mesmo um “abortado”
Agora quem perde o rumo
Até chegar a seu prumo
Por certo está “ariado”.

7.
“Arre égua” aqui se diz
Num susto, de supetão.
“Acunhar” é chegar junto,
Apertar com impulsão
E também “abufelar”
Embora seja agarrar
Com pouco mais de agressão.

8.
“Arrudiar” é dar volta
“Alpercata” é um chinelo
“Apetrechada” é bonita
No masculino é ser belo
“Aí deento” eu não direi
Por tudo que eu estudei
Não fica bem a um donzelo.

9.
Isso foi na letra “A”
Ficando algumas de fora
Imagine então o resto
Que por certo se ignora
Por isso daqui pra frente
Sigo aleatoriamente
Esse folheto de agora.

10.
As “oiças” são os ouvidos
“Dar o grau” é acabamento
E “só o mi disbuiado”
Eis o mesmo seguimento.
Quando “só quer ser as pregas”
Isso se dá nas refregas:
É orgulho e fingimento.

(.........................)

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ABC DO PREGUIÇOSO

 

A

A preguiça tem gerado
Efeito muito penoso
Sendo assim eu aproveito
Este mal tão escabroso
Trato com bastante siso
Um folheto que batizo:
“ABC do preguiçoso”.

B

Banal no seu proceder
O preguiçoso se nega
A qualquer mobilidade
Que lhe exija alguma entrega
Seu time de coração:
Repouso, bebida e pão.
Nessa praia ele sossega.

C

Convém à sua “labuta”
Assim tão peculiar
Não ter preocupações
Só vendo a vida passar...
Nada no mundo lhe assombra
Água fresca e boa sombra
É o que pode desejar.

D

Deposita na mulher
Toda a sua confiança
Diz logo assim: “É com ela...”
Só no falar já se cansa
E continua deitado
Um repouso inalterado,
Ressona como criança.

E

E a mulher só pra testar
O grau da sua esperteza
Grita logo: “Faltou lenha...
Larga de tanta moleza...”
Ele diz: “Ora... Por mim...
Já que deu mesmo o cupim.
Queime a perna dessa mesa”.

F

Foi logo de manhã cedo
Que a mulher o procurou:
“É preciso ir à venda
Pois a farinha faltou.”
“Oxente!” - ele respondeu -
“Mande qualquer filho meu!”
Mas nem filho ele gerou...

G

Geraldina, receosa,
Pede carinhosamente
Que o marido vá pescar
Já que o rio fica em frente.
Ele diz: “Agora não...
Só se fosse um tubarão...
Mas isto nem com enchente...”

H

“Homem, largue de preguiça
Vá então caçar no mato!
Zé Fransquim só de manhã
Depressa matou um “gato”...”
Ele diz: “Tá logo aí.
Pegue então nosso mimi.
Ele está gordo de fato”.

I

Insistindo novamente
Diz a mulher irritada:
“Me arranje qualquer roupinha
Que essa aqui está rasgada!”
Ele fala: “Ó criatura!
Veja que nossa cultura
É andar quase pelada!”.

J

Justamente para o almoço
Faltou arroz e feijão.
“Vá comprar o de comer
Lá na venda do Romão!”
Ele disse: “Falta grana!
E por ser homem bacana
Fiado não compro não!”

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ABC DO MALANDRO

A
Acorda bastante tarde
Por capricho e por prazer.
Levantar é outro drama
De tremendo padecer
Inda diz: - “Ó grande Deus!
Como é difícil viver!”

B
- “Basta, homem vagabundo!”
(Grita a mulher afobada)
“É preciso ir à luta!
Pra comer não temos nada.
Ou você pensa que as coisas
Vêm aqui de mão beijada!”

C
Com as mãos coçando os olhos
A se espreguiçar, manhoso,
Ele diz desassombrado:
- “Não sou sujeito orgulhoso!
Gosto muito do salário,
Trabalhar é que é custoso!”

D
Depois de muita demora
Vai à rua, o indolente.
Qualquer canto é sua casa,
Qualquer um é seu parente.
Vive se denominando
Um camarada decente.

E
Evita a todos que deve,
Não tem crédito na praça
Todo mundo se esquivando
Pois só vive de trapaça
Inda diz inconformado:
- “Êta povinho sem graça!”

F
Fala mal de toda a gente
De todos sabe o “babado”.
Muita gente ainda gosta
Daquele papo furado
Aluga qualquer pessoa
Pra pedir mais um trocado.

G
Gosta de fumar, beber,
O jogo também lhe atrai.
O malandro que se preza
Em armadilha não cai;
Quando chega um espertalhão
De fininho logo sai.

H
Homem de pouca instrução,
Mas de infinita esperteza
Busca logo o ponto fraco;
Diz consigo: - “Esse é moleza!”
Quando o cristão dá por si
Há muito tornou-se a presa.

I
Indolente, catimbeiro,
Falsidade até no andar.
Gosta de contar vantagem,
Usa gírias sem parar.
Todo o corpo se arrepia
Quando o assunto é trabalhar.

J
Jura que nunca foi pai,
Mas tem filho em toda parte.
Esbanja filosofia,
Relações é pra descarte;
Acredita só na lábia.
Essa, sim, é sua arte.

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HISTÓRIAS DE JOÃOZINHO EM CORDEL

1.
O Cordel tem ilustrado
Personagens importantes
Sejam de qualquer setor
Quaisquer áreas atuantes
Mas também conta anedotas
Por si mesmas empolgantes.

2.
Neste Cordel apresento
Um personagem menino
Apesar da pouca idade
Com seu jeito bem traquino
Nunca se deixa levar
Pois tem manha de felino.

3.
Joãozinho sabe de coisa
Que nos faz arrepiar
Nele ninguém passa a perna
Por mais que tente passar
Pois sempre está muito atento
Em qualquer hora ou lugar.

4.
Embora muitas histórias
Sejam de esculhambação
Neste Cordel coloquei
Só piadas de salão
Ou seja, só de bons modos
Sem nenhuma apelação.

5.
Joãozinho estava estudando
A mãe perguntou de vez:
- Qual matéria, diz, meu filho?
- Geografia, talvez...
- Onde fica a Inglaterra?
- Na página vinte e três!

6.
Infeliz com seus alunos
Que não aprendiam nada
O professor, revoltado
Criticou a garotada
E lançou um desafio
Na forma mais arrojada.

7.
- Quem for burro fique em pé!
Falou assim atrevido.
A garotada surpresa
À frase não deu ouvido
Todo mundo sentadinho
Comportado e bem servido.

8.
Alguns minutos depois
Joãozinho se levantou
O professor satisfeito
Depressinha perguntou:
- Ah, então você é burro?
Você, então, se entregou?

9.
Bem distraído e feliz
Assim respondeu Joãozinho:
- Na verdade eu não sou burro.
O que eu sou é bem bonzinho.
Sinto pena do senhor
Ficando de pé sozinho!

10.
E foi durante um jantar
Que a conversa aconteceu:
- Mamãe, quero que resolva
Este probleminha meu:
Por que papai é careca?
Nenhum cabelo nasceu?

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 O HOMEM QUE DESAFIOU MIL FANTASMAS

1.
Numa cidade distante
Deu-se o caso de terror
Mas era num lugarejo
Nas brenhas do interior
Umas oiticicas grandes
Causavam muito pavor.

2.
Muitas pessoas juravam
Que viam assombração
Eram pancadas, gemidos
Ou pavorosa visão
Já causavam mil transtornos
Pra aquela povoação.

3.
Mas também se divertiam
Com aquela novidade
Faziam até apostas
Usavam jocosidade:
Quem era o “mais corajoso”
O “mais homem” de verdade.

4.
Quase toda noite tinha
Um relato diferente
Até mesmo um bom velhinho
Confessou pra toda a gente:
“- Eu pensei que era mentira...
Mas o ‘troço’ é repelente!”

5.
E contou que na passagem
Escutou grande gemido
Parou todo arrepiado
Mas indagou atrevido:
“- Quem é?” E só gargalharam
dum modo bem divertido.

6.
Ele então muito insistiu
Queria, pois, a verdade
E perguntou temeroso
Usando de liberdade:
“És um ser daqui da terra
Ou um ser da Eternidade?”

7.
Cada vez mais aumentava
O gemido lancinante
De tal modo o apavorava
Que se viu cambaleante
Mas encontrou energia
Pra correr no mesmo instante.

8.
Chegou em casa agitado
Foi difícil controlar
Relatava a todo mundo
Sem mesmo se envergonhar
O fato é que nunca mais
Voltou àquele lugar.

9.
Isso causava comédia
Mas a coisa era real
Existia assombração
Um caso fenomenal
Cada vez multiplicava
As “apostas” do local.

10.
Certo dia ali chegou
Um homem bem comportado
De fala muito envolvente
Deveras apessoado
Ouvindo aquelas conversas
Ficou muito interessado.

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O HOMEM QUE DESAFIOU O DIABO

1.
Tem-se ouvido muita coisa
Neste mundo de meu Deus
Desde os povos mais antigos
Bem mais antes que os hebreus
Por isso mesmo eu conclamo:
Vejam estes versos meus.

2.
Há histórias importantes
Que são obras do passado
Alguns registros escritos
Um tesouro bem guardado
Mas também a oralidade
É por certo um bom legado.

3.
Um senhor de confiança
Contou-me o que vou contar
Em forma versificada
Que é meu modo de tratar
Sendo verdadeiro ou não
Você é que vai julgar.

4.
Disso o homem referido
Que no estado da Bahia
Era comum nas fazendas
Mesmo em plena luz do dia
Alguns casos assombrosos
Que o bom senso repudia.

5.
Num município ao norte
Existia um fazendeiro
Que comprara muitas terras
Doutras tantas era herdeiro
Não sabia onde botar
Tantas terras e dinheiro.

6.
Antônio José Francisco
De Medeiros Alcantrós
Era o seu nome completo
Estranho pra todos nós
Era rude e trambiqueiro
Perverso, louco e algoz.

7.
Acham que toda essa herança
Ele forjou por demais
Chegando mesmo a se ouvir
Nas conversas informais
Que por astúcia e ganância
Ele assassinou seus pais.

8.
Isso não se comprovou
Nem interessa ao relato
O certo é que tinha terras
E era um homem muito ingrato
Maltratava com prazer
Era esperto como um gato.

9.
Numa de suas fazendas
Houve muitas presepadas
À noite as coisas mexiam
Ouviam-se gargalhadas
Gemidos por toda parte
E até mesmo bofetadas.

10.
Certa feita o próprio dono
Foi sacudido no chão
A corda em perfeito estado
Sem quebra e alteração
Todo mundo achou bem feito
Foi imensa a gozação.

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O POBRE SORTUDO E O RICO
AMBICIOSO Ou Os Compadres Corcundas

1.
Grande Câmara Cascudo
Pesquisador sem igual
Escreveu em um dos livros
De fama internacional
A história dos corcundas
De muito valor moral.

2.
Era um Rico e um Pobre
Que tinham algo em comum
Mas era somente isso:
Corcunda pra cada um.
Ao Rico davam respeito
Ao Pobre respeito algum.

3.
O Rico era recebido
Com louvores e atenção
Para o Pobre só restava
Chacota e humilhação
Até mesmo os moleques
Entravam na gozação.

4.
Certa feita o Pobre foi
Caçar veados na mata
E sobre um girau bem alto
Veio o sono em cascata
Sem querer adormeceu
Qual criança em serenata.

5.
Acordou muito assustado
E curioso também
Pois ouvia uma canção
Que não entendia bem:
“É segunda, é terça-feira
Dia vai e dia vem”.

6.
Nisso o Pobre caçador
Desceu e foi descobrir
Que cantiga era aquela
Que povo a se divertir
E encontrou gente dançando
Muito alegre a sorrir.

7.
Mas a cantiga era a mesma
E o Pobre cantou também:
“É segunda, é terça-feira
Dia vai e dia vem.
É quarta, é quinta-feira
Tenho saudades, meu bem!”.

8.
Com essa intervenção
O povo todo parou
Houve então grande silêncio...
Quem dessa forma cantou?
Logo, sem muita demora
Nosso homem se entregou.

9.
À frente do visitante
Um velho apareceu
Querendo saber de tudo
Quem compôs, quem escreveu
Aqueles versos cantados
O Pobre falou: - “Fui eu!”

10.
O homem velho então
Mostrou-se admirado
Perguntou se ele queria
De modo assim registrado
Vender aqueles seus versos
Pois estava interessado.

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ESTUDANTE PREGUIÇOSO e
O PEÃO AMARMOTADO
ESTUDANTE PREGUIÇOSO

1.
Estudante preguiçoso
Tem feito muita vergonha
Pois até mesmo a cegonha
Se vê com trato faltoso
O pai fica desgostoso
A mãe vive a se queixar
Um ao outro a reclamar
Sem achar nenhum culpado
Pois é somente ao danado
Que se deve criticar.

2.
A luta começa cedo
Pois não quer se levantar
Mas a mãe, para acordar
Cutuca-lhe com o dedo...
Além disso há um segredo
Sem precisar do sermão
Basta catar com a mão
Um balde com água fria
Jogar na cara da cria
Ele sai de supetão.

3.
Até chegar à escola
A sirene tem tocado
A tolerância acabado
Mas o sono não decola
E com esse enrola-enrola
Termina por não entrar
Por tanto se retardar
Só entra no outro horário
Ou então faz o contrário
Vai videogame jogar.

4.
Quando qualquer aula assiste
É com “plug” desligado
Fone de ouvido colado
E o professor logo insiste
Quando da luta desiste
Leva o caso à direção
Descreve a situação
Já não é a vez primeira
Ele diz: “Foi brincadeira!
Juro, não faço mais não!”

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O PEÃO AMARMOTADO

1.
Um peão para sorrir
Não precisa de exigência
Afora a sobrevivência
O mais é se divertir
Beber muito até cair
Viver contando vantagens
Num ano só, mil viagens
Para firmas bem distantes
Mas depois voltam falantes
Relatando as traquinagens.

2.
Além do sotaque horrível
Trás pulseiras e colares
Brinquinhos, dois celulares
Sem contar pose terrível
Entretanto, é impossível
Ficar sem algum transporte
Moto quengada, por sorte
Algum consegue comprar
Pois precisa namorar
Pra se sentir macho forte.

3.
Tem também a filmadora
Ou câmara digital
Óculos escuros é fatal
Na conversa animadora
Sendo fêmea promissora
Ele olha mais discreto
A cabeça segue reto
Mas um olhar entortado
Percebe bem disfarçado
O conteúdo secreto.

4.
Fala da firma onde estava
Dos companheiros que viu
Da moleza que sentiu
No trabalho que empenhava
Contudo, bem se notava
Na sua grande rotina
Era até fazer faxina
Na casa do encarregado
Para ganhar um trocado
E agora ter gasolina.

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Um folheto contendo os dois poemas: R$ 4,00 (Já incluído o frete)

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A Volta de PATATIVA
Na Forma de um Espantalho

1.
Patativa do Assaré
Poeta de muita glória
Mostrou bem quem ele é
Fincando rastro na história
Decantou o seu sertão
Foi ele sua paixão
Sua bandeira bendita
Trabalhou na agricultura
Difundiu nossa cultura
O povo e sua desdita.

2.
Passando pro outro lado
Patativa, ao despertar
Reencontrou assombrado
Todos que aprendeu amar
Por isso ficou contente
Abraçando toda a gente
Que vinha com euforia
Pois voltava o grande vate
Depois de tremendo embate
Apesar da poesia.

3.
Mas o tempo foi passando
E veio a monotonia
Patativa foi notando
Que aquilo não lhe servia
Homem vivendo de loas
Cercado de coisas boas
Sua consciência emperra
Procurou os maiorais
Dos comandos siderais
Pois queria vir à Terra.

4.
Nisso, seus superiores
Ficaram a meditar
Como?! Depois dos horrores
Que conseguiu suportar
Ainda assim pretendia
Reviver a freguesia,
Naquele pobre sertão?!
Mas vendo aquela humildade
Aquele jeito, a vontade...
Não puderam dizer “não”.

5.
Precisavam encontrar
Uma forma bem discreta
Pra Terra poder ganhar
Mais uma vez o poeta
Depois de uma reunião
Chegaram à conclusão
Sem ter nenhum atrapalho
Que Patativa viria
Discreto, sem revelia,
Na forma dum espantalho.

6.
Nos campos do Cariri
Na sua terra querida
Podia se ver ali
Em plena roça esquecida
Um espantalho perfeito
Porém imitando do jeito
Dum caboclo sertanejo
Criou vida, virou gente,
Patativa novamente
Tinha a forma do desejo.

7.
E ficou tão encantado
Com tudo que pôde ver
A verdura do roçado
A relva, o amanhecer,
Mas tinha necessidade
De retornar à cidade
E o povo reencontrar
Saiu dali, foi andando,
Pegou a estrada cantando
As belezas do lugar.

8.
Chegando lá na cidade
Percebeu o movimento
Era dia, na verdade,
De feira e divertimento
Pôs-se no meio do povo
Com aquele seu traje novo
E foi chamando atenção
As pessoas que chegavam
De repente se encantavam
Ele falou co' emoção:

9.
Fui matuto sertanejo
Vivendo do meu trabaio
O meu sonho, o meu disejo
Era não tê atrapaio.
O roçado era o tesôro
Valia mais que os ôro
Que briava na Capitá
Esquecia o aperreio
Que veve botando freio
Com o cabresto do pená.

10.
Tinha as mão bem calejada
Topava qualquer sirviço
Do escuro da madrugada
Inté o Só dá sumiço
Minha lida era tamanha
Mas o home não istranha
Pois tem fios pra criá
É certo que tinha infado
Pois a luta do roçado
Nem todos qué abraçá.

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VISITE




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